Sobre escolhas, renúncias e presença

Gabriela Pontes de Paula

2/16/20241 min read

woman with jacket on front of concrete building
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Antes de tudo, peço que leia essas palavras com tom afetuoso. Sei o quanto podem soar duras, mas é com carinho que escrevo. Eu sei que fazer escolhas por vezes é bem difícil.

Abrir mão de algumas coisas em detrimento de outras. Trabalhar demais, porque tem gente dependendo de você. Conversar no grupo de amigos pelo whatsapp enquanto presencialmente tem alguém para quem você também gostaria de dar sua atenção. Não conseguir estar com seus pais, irmãos ou amigos sempre que quer porque a lista de pendências do trabalho não para de crescer.

São escolhas duras, porém necessárias. Lembro-me de um professor que dizia: quem prioriza tudo, não prioriza nada. Com o tempo entendi o que ele disse. Precisei magoar pessoas por querer estar em mais de um lugar ao mesmo tempo, mas por sorte tive pessoas queridas que me alertaram.

E reconhecer a ausência é o primeiro passo para proporcionar presença, caso você queira. Afinal de contas, para que algumas presenças sejam possíveis, ausências serão necessárias, caso contrário a conta simplesmente não fecha.

E em um mundo em que romantizamos a produtividade e o burnout , lembra de respirar. Lembra que o seu trabalho é importante, mas não é tudo. Finalizo com algo que aprendi com um paciente muito querido: seu trabalho não vai ser sua rede de apoio quando você precisar.

Espero que essas palavras tenham feito sentido daí. Mas, caso esteja muito difícil lidar com tudo isso, lembre-se que você sempre poderá buscar ajuda profissional. Nesse sentido, a psicoterapia pode ser uma aliada te ajudando a fazer as melhores escolhas de acordo com os valores que são importantes para você.